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Entrevista com Arlete Nese

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EFPCPrevidência

Em outubro deste ano, Arlete Nese e Fábio Giambiagi lançaram o livro “Fundamentos da Previdência Complementar: da administração à gestão de investimentos”. O evento ocorreu no 40° Congresso Brasileiro de Previdência Complementar Fechada da Abrapp, em São Paulo. Os autores trouxeram um material rico com assuntos de suma importância para a área da previdência.

Para dar falar mais a respeito do livro, a Data A entrevistou Arlete Nese, confira!

 

Entrevista com Arlete Nese
Durante o 40° Congresso Brasileiro de Previdência Complementar Fechada, Arlete e Fábio autografaram o livro para os participantes. Crédito da imagem: Abrapp

 

Como surgiu a ideia do livro?

Ela surgiu de uma parceria minha com o Fábio, a partir do nosso desejo de desenvolver uma plataforma de simulação de previdência e de educação previdenciária. Então, a partir desse sonho, veio a ideia do livro, da gente colocar, numa obra, aquilo que temos estudado e aquilo que temos vivido, em termos de previdência, especificamente previdência complementar.

 

Quem vocês consideram o público alvo deste livro?

Consideramos os executivos, aqueles que já atuam e aqueles que pretendem atuar em Entidade de Previdência. E, todos aqueles que são profissionais em empresas, que precisam tomar decisões a respeito do próprio futuro, da aposentadoria. Seja na empresa ou lidando com a própria reserva, é importante que ele (empresário) conheça os benefícios que a Previdência Complementar pode oferecer como solução para a aposentadoria.

 

O livro traz inovações para a área da Previdência. Para você, o quão importante é que as Entidades de Previdência estejam de acordo com as novidades do mercado? O que isso traz de benefícios?

Bom, os principais benefícios são: a tecnologia e a possibilidade de uma diversidade de ativos. A tecnologia está relacionada a troca de informações rápida e a possibilidade, de uma forma transparente, de você identificar o desempenho do seu plano. E, nos produtos, é saber que existem ativos e mercados que precisam ser explorados e outros que já não respondem às necessidades de meta de retorno. Do contrário, os participantes teriam que aportar valores maiores para ter a reserva esperada no futuro.

 

Sobre a história da Previdência: o quão importante é sabermos dos métodos do passado?

É importante para compreender o que aconteceu no passado que muitas vezes explica a situação presente. E, se alguma coisa foi ruim no passado, nós podemos aprender com esse erro e melhorar no presente, para não passarmos pelos mesmos resultados ou situações desfavoráveis em função de decisões inadequadas.

 

Vocês identificam algum erro na parte da administração e gestão de investimentos das Entidades de Previdência? Se sim, qual?

Eu gostaria de falar em desafio. Desafio de compreender que as decisões envolvem riscos. Essas decisões dependem da capacidade de se identificar os riscos. Riscos que impactam, em alguma medida, a possibilidade de um objetivo acontecer ou não. Uma vez identificado, é preciso que ele seja analisado e avaliado, se faz sentido em correr esse risco ou não. Mas não para por aí, não para na avaliação e na decisão do investimento, é um processo contínuo, onde você precisa acompanhar. Então, o desafio de acompanhar é tão grande quanto o desafio de você ter selecionado um determinado investimento.

 

Sabemos o quão importante é falar e aderir à Previdência Complementar. Pode citar alguns argumentos que utilizaram para convencer o leitor dessa importância?

Eu poderia dizer três. Primeiro: ninguém é tão jovem que não precise se preocupar com a aposentadoria. Segundo: viver por si só traz risco e, quando você fala em aposentadoria, é preciso compreender que há eventos que podem acontecer e que podem ser desfavoráveis à aposentadoria no futuro. O terceiro é a questão da longevidade. Não temos como precisar quanto tempos nós vamos viver. Esse tempo não pode ser tão maior quanto aquele que a gente planejou em termos de reserva financeira para nos dar a tranquilidade do futuro. Esse livro contribui para esse entendimento também.

 

O livro atende desde o estudante até os investidores profissionais. Quais foram os princípios que vocês adotaram na escrita do livro que proporcionaram essa didática?

A nossa preocupação, o tempo todo, foi dar o fundamento para cada tema abordado. Fundamentos em estudos qualitativos e estudos quantitativos. Ou seja, nós trouxemos a profundidade em termos de pesquisas no Brasil e no mundo para o nosso livro. Procuramos traduzir isso para o dia a dia das Entidades de Previdência. O que significa e o que pode significar as evidências, que foram observadas em estudos, para a viabilidade de previdência complementar no país. Ele (o livro), de fato, não é algo somente escrito por especialistas ou teórico. Na verdade, é a combinação da teoria e prática, que vai, de fato, contribuir para os nossos investidores profissionais em previdência complementar. É a teoria com a prática dando fundamento para questões em fundos de pensão e como atuar adiante delas.

 

Tem algum capítulo que é o seu preferido? Por quê?

Pergunta difícil, eu gostei de tudo (risos). Mas, eu não poderia deixar de compartilhar a minha empolgação maior ao falar do regime de capitalização de reservas. Quando você fala em previdência, quando você fala de aposentadoria e de manter o padrão de vida que você deseja para o seu futuro, significa você acumular reservas e significa você utilizar o mercado em seu benefício. Então, esse capítulo foi, particularmente, muito interessante.

 

Houve alguma dificuldade na elaboração do livro?

Dificuldade eu não diria, mas desafios. Desafio de escrever o primeiro livro com alguém altamente reconhecido em finanças públicas e previdência no país. Foi um ritmo e um relacionamento bastante interessante porque a gente precisava garantir a mesma qualidade que o autor já havia conquistado e tem conquistado em suas publicações.

 

Como foi a parceria com Fabio Giambiagi?

Foi fantástica. Ele tem uma capacidade imensa de compreender o cenário atual, as questões institucionais relacionadas à previdência pública. É um atuante do sistema de previdência do país. Eu diria que essa parceria foi muito interessante no aspecto de agilidade ou de frenética, digamos assim, se tiver uma palavra que eu possa traduzir. Se eu considerava 220, o Fábio é muito mais (risos). Foi muito bacana essa dinâmica com ele e ver o resultado: um livro entregue no prazo e com pessoas incríveis que colaboraram na revisão de cada capítulo.

Você encontra o livro para compra em: Livraria Concursar.

 

Entrevista com Arlete Nese
Lançamento do livro no 40° Congresso Brasileiro de Previdência Complementar Fechada. Crédito da imagem: Abrapp.

 

Sobre os autores:

Arlete Nese é doutora em Administração e pós-graduada em Contabilidade e Finanças, possuindo muitos estudos e experiência na área de investimentos e inovação; atualmente, é sócia da ON Valor.

Fábio Giambiagi é economista, com graduação e mestrado na UFRJ. É um dos maiores especialistas brasileiros nas áreas de finanças públicas e previdência social e faz parte do Departamento Econômico do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde 1996. Fábio possui mais de 30 livros publicados.

O que achou da entrevista?

Que pergunta você faria à Arlete Nese e Fábio Giambiagi? Deixe nos comentários.

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